sábado, 12 de fevereiro de 2011

O problema da ética
            A discussão a respeito da ética e de suas ações tem acalorado ânimos e fortalecido divergências.  As possibilidades de ações éticas, por vezes parecem diminuídas em face do problema do individualismo, desta forma é necessário aprofundar um pouco as questões do bem e da felicidade.
            Tanto um quanto o outro se encontra no campo da virtude, porém, o que significa para nossos dias o bem e a felicidade? As discussões na Grécia Antiga podem ajudar o entendimento destas virtudes na atualidade?
            A primeira reflexão necessária é que o bem deve ser entendido em todas as ações, sejam individuais ou coletivas. No entanto, esta é uma obrigação da sociedade e do Estado. Pois, ambos lidam com o indivíduo como tal, isto é, cada uma das pessoas existentes, mas também com o coletivo destas pessoas. A segurança, o bem-estar, o conforto..., a felicidade de uma pessoa não pode estar acima das demais. Cabe o Estado regularizar a moral por meio jurídico, e desenvolver a ética que deverá estar sempre atenta sobre a aplicabilidade da moral.
            A segunda reflexão diz respeito à felicidade. A felicidade pessoal não pode estar a serviço do indivíduo em detrimento da felicidade coletiva. De outra maneira, pode-se dizer que todos igualmente têm o direito à felicidade. No entanto, ela não pode em hipótese alguma, para se estabelecer na vida individual, promover a infelicidade de outrem, de maneira proposital.
            Tais questões dimensionam o problema que caracteriza o desenvolvimento da ética. Não é por certo, fácil abrir mão de determinadas coisas que podem trazer bem-estar e felicidade. Então, em muitas ocasiões é mais fácil fazer de conta que está tudo bem, e sorrateiramente, deixar de produzir o bem, para satisfazer um desejo que possivelmente trará “felicidade”.

 Jorge Wagner de Campos Freitas
Mestre em Ciências da Religião

Um comentário:

  1. Graça e paz, meu amigo! sinto saudades, mas agora, com este canal posso relembrar as boas conversas que tinhamos aqui em Dourados, lembra?
    que Deus o Abençoe.
    Robson G Rodrigues - IMCD

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